terça-feira, maio 29, 2007

Lenga-lenga i

Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Ou de ouro ou de prata
Mete a mão neste buraco

Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o filho do Luís
Que está preso pelo nariz

Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a filha da rainha
Que está presa na cozinha
Salta pulga da balança
E vai ter até à França
Cavalinhos a correr
Meninas a aprender
Qual é a mais bonita
Que se irá esconder

Às tantas desconheço-me...

- Deixei de passear no parque da cidade, levar um livro debaixo do braço e sentar-me na relva.
- Não consigo ouvir Caetano Veloso, para além do Cucurucu Paloma do Habla con Ella.
- Não durmo uma noite completa.
- Não vejo NADA na televisão.
- Prefiro ter jarros em casa do que girassóis.
- Não acredito em tudo o que me dizem.
- Não durmo de rabo para o ar.
- Não ando com o mp3 para todo o lado para ouvir música nas horas vagas.

A propósito da "Mulher de 30 Anos"

Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem
muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender
e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas as duas há a
distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza.
A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada
pode satisfazer.

Biografia(s) i

Aos 12 anos li a "Dama das Camélias" de Dumas e "A Mulher de 30 anos" de Balzac.
Era criança quando entrei no universo feminino. Reli as obras, mas as memórias que tenho são da perplexidade com que li estes dois livros no Verão de 87...

Ai o caraças!...

quarta-feira, maio 09, 2007

As crianças são o melhor da vida iv


- Vou procurar uma coisa!
- O que vais procurar?
- Ainda não sei. Mas vou procurar!
- Porquê?
- Porque é bom quando encontramos alguma coisa...

Coisas que gosto iii


Janelas vermelhas, confesso!

Meteorologiapolly

Passar directamente da casa inverno para a casa verão, sem passar pela casa partida (primavera).

Percursos

Por questões profissionais estou agora 4 dias da semana a trabalhar na baixa do Porto. Como tenho de lá estar às oito e meia, não sou nenhum ás do volante e o dinheiro custa-me a ganhar para o deixar ao desbarato em garagens e parques de estacionamento, opto por ir de autocarro.
E é nestas viagens que me apercebo que com o tempo tornei-me um "animal" de hábitos. Invariavelmente sento-me sempre do mesmo lado. Ok, ok, sento-me no mesmo lado para não levar com o sol directamente nos olhos... Mas pronto. Serve a coisa do animal de hábitos para vos garantir que todos os dias que passo naquele prédio junto às Andresas, olho para aquela janela e ei-lo sempre lá, a caminhar de um lado para o outro num parapeito de uma janela com o estore interior ainda para baixo: um siamês. Como o prédio fica em frente a uma paragem e ao pé de um semáforo, seja por um motivo, seja por outro, o autocarro acaba sempre por parar ali. E lá está ele sempre... Passa de um lado ao outro do parapeito, desaparece e daí a nada volta a passar. Se calhar é um tipo de ritual. Mas é estranho. Mas também sempre que lá passo olho para lá para ver se lá está a passear-se e a reconhecer, desta forma o meu próprio caminho. Se ele olhasse para fora e para o autocarro também veria que quase sempre à mesma hora passa aquele autocarro, com a mesma pessoa lá dentro, quase sempre sentada no mesmo local e a olhar para ele... Cada qual tem o seu próprio percurso. E não é que o meu e o daquele gato coincide àquela hora do dia e naquele momento?!